Bya Faria: educação, resistência e esperança que brotam da periferia
Pedagoga, escritora e historiadora, Bya Faria é uma jovem mulher negra e periférica que transforma sua própria trajetória em ferramenta de força, inspiração e movimento. Nascida e criada em meio a desafios sociais, mas também à potência das vivências comunitárias, Bya encontrou na educação, na arte e na espiritualidade os pilares para ressignificar sua história e abrir novos caminhos para outras mulheres negras.
Sua formação e atuação não se limitam às salas de aula: Bya carrega consigo a ancestralidade, a cultura e a resistência que moldaram sua identidade e seu olhar para o mundo. Sua voz ecoa as dores, a coragem e a esperança de tantas outras mulheres que vivem nas periferias brasileiras — mulheres que enfrentam diariamente invisibilidades, violência estrutural e desigualdades, mas que também constroem futuros possíveis com criatividade, amor e luta.
É essa realidade — dura e luminosa — que ganha destaque no documentário “Bia da Periferia: Há Esperança”, obra que a apresenta como protagonista de uma jornada de afeto, reconstrução e afirmação. No filme, Bya compartilha sua verdade, revisita raízes, encara traumas e celebra as potências que surgem quando uma mulher negra se reconhece como agente da própria história.
A narrativa revela mais do que a trajetória pessoal de uma educadora: expõe a força coletiva das periferias, os laços comunitários que sustentam sonhos e a capacidade de transformação que nasce da resistência cotidiana. Para Bya, existir é também movimentar — inspirar, educar e abrir caminhos para que outras meninas periféricas enxerguem futuros possíveis.
Com sua voz firme e sensível, ela reafirma: a periferia é, sim, lugar de sonhos, de criação, de potência e de futuro.
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